A minha, vossa, nossa oficina é o espaço físico onde tudo acontece, onde tudo se transforma, onde misturas de vários materiais, por vezes improváveis, dão lugar a uma peça cheia de vida, alegria, magia que se espalha, que contagia todas as almas que se aproximem.
É o meu mundo, é onde o fantástico se materializa.
O nome PapaPapel surgiu quando ainda vivíamos em Aveiro, a sua história é esta;
“Um dia, recebemos a visita de uns amigos, como era a época do caracol, foram à caça (coitados dos caracóis), eu não alinhei. Como só iam para Lisboa no dia seguinte, deixaram o saco cheio de caracóis prisioneiros na cozinha, junto à máquina de lavar roupa. Depois de partirem, quando a casa ficou, reparámos que alguns caracóis tinham escapado e passeavam pela cozinha. Começámos a alimentá-los e deixei-os ficar por ali. Mas de noite, eles vagueavam pela casa e, sem querer, eram pisados. Foram morrendo, mas houve um, o Tobias, que ficou connosco muitos meses, ainda o levámos para Viana do castelo, onde acabou por falecer, naturalmente (acredito). Voltando ao Sr. Tobias; mesmo tendo à disposição folhas de alface frescas e pedações de pão, adorava comer o calendário. Foi então, que reparei no produto final da digestão do calendário, pasta de papel. “