Espreita o meu universo, o meu mundo cheio de magia, fantasia, tradições, uma mistela de sentimentos, cores, lugares, vivências.

Gatos

Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem

Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa

Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos

Manuel António Pina

Sê como um gato, segue o teu instinto

Os gatos acariciam-nos a alma com o seu ronronar.

Santo António

Santo António, é o meu preferido, curiosamente contemporâneo de São Francisco de Assis de quem gosto muito também.

Eu vejo o Santo António como um estudioso, culto, grande comunicador, aventureiro, viajante, sábio. Provavelmente por tudo isto é dos Santos mais populares da Igreja Católica, por tudo isto é possível amá-lo sem ter de ser religioso, também por tudo isto nos é permitido brincar com Santo António. E é este lado mais lúdico, mais brincalhão, mais popular que gosto de trabalhar.

Atualmente trabalho mais por encomenda, são poucos os que faço para satisfação pessoal.    

“Santo António está a chegar,

o amor está no ar.

Vou buscar o meu par

para comigo dançar.” (Ester Lara)

 

“No dia de Santo António,

um manjerico vou oferecer.

Para um namorado

poder vir a ter.” (Mariana Ribeiro)

Cabeçudos

No caminho da minha vida, passei por Viana do Castelo, onde vivi alguns anos. Já tinha ouvido falar dos cabeçudos, das festas da Srª D’Agonia, dos Zé Pereiras com seus bombos, concertinas e gaitas de foles, vi muitas imagens, vi e revi, mas vivenciar, é algo que não se explica, sente-se.

Eu já trazia em mente aprender a fazer cabeçudos e a tocar gaita de foles, a gaita ficará para outra altura, mas os cabeçudos aprendi com mestres, surgiu a oportunidade de me juntar ao Grupo Etnográfico da Areosa e o sonho realizou-se. O meu primeiro cabeçudo foi um faroleiro, que correu Portugal e o Mundo, ainda continua comigo, tem me dado sorte e aberto portas para outros trabalhos.

Esculturas

Esculturas; esculturas é quase toda a base do meu trabalho, podem ser figuras humanas, animais, animais humanizados, fantasias que habitam o meu universo. São trabalhadas em cima de um tema que pode ser meu ou teu, nesse tema busco emoções, são elas que tornam o trabalho único, mágico.

Com este trabalho também procuro arrancar emoções, no primeiro olhar, parar no tempo com o sorriso que espreita, a gargalhada que tem o som da alma, a lágrima que teima em deslizar no canto do olho, são as borboletas na barriga que se vêm no olhar e se ouvem no tremor da voz, quando tudo isto acontece sinto-me feliz. 

“Não vamos esquecer que as emoções são os grandes capitães das nossas vidas, nós obedecemos-lhes sem nos apercebermos”

Vicent Van Gogh

“As emoções são cavalos selvagens”

Paulo Coelho

Presépios

Em muitas casas fazer, construir um Presépio é um ritual, a família junta-se, fazem passeios em busca de elementos da natureza para ornamentar seus presépios, musgo, pedras, ramos…

Em casa dos meus pais, quando eu era pequenita fazia esta busca e construia o presépio com o meu pai, a minha mãe ficava responsável pela árvore de Natal, também gostava de colaborar nesta tarefa.

Não sei porquê, mas não mantive este ritual, tenho um presépio feito por mim e uma pequena árvore, também ornamentada por mim e todos os anos é só colocá-los num pequeno espaço que lhes é destinado durante as festas.

Penso que por achar o Presépio algo tão pessoal, raramente tenho Presépios feitos, a maioria são pedidos específicos de famílias ou colecionadores.

Outros Santos

Outros Santos, como o São Pedro, Rainha Santa Isabel, Virgem Maria, foram sendo encomendados, deixo-vos aqui algumas das minhas interpretações,

Adoraria colorir o mundo contigo

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