Gosto de estudar e trabalhar a cor, alguns amigos dizem-me que nasci para colorir o mundo, não sei se sim se não, mas gosto da ideia.
Adoro gatos. Sem me aperceber envolvi-me, observei-os, estudei-os, convivi com eles. É um estudo constante, como nos relacionamos, a sua importância nas nossas vidas, na natureza, na história, a sua simplicidade, complexidade, elegância, muito há a dizer sobre gatos.
Gosto de falar sobre a água, na sua tranquilidade, rebeldia, quando nos acaricia, quando se zanga, Preocupo-me com o que “não se faz pela água”.
Fascina-me o mundo aquático, o real e o fantástico. O elemento, enfim.
A água foi a minha escolha para as feiras de artesanato que aí vêm, inicio no fim de Abril de 2022 em Estremoz. Aqui, a minha escolha é mais generalizada, num olhar contemporâneo sobre as nossas tradições ligadas ao mar, ao rio, à ria misturando-as com o fantástico.
Ainda guardei um pouco de tempo para iniciar um estudo sobre as tradições e rituais portugueses, suas origens, práticas, como chegaram aos nossos dias, o que se perdeu, o que sobrevive, o que renasce.
A expressão artística por mim escolhida é a escultura, gosto da transformação de algo que é apenas uma massa em formas que lhe dão vida, solidez ou leveza.
O papel foi a matéria prima escolhida pela sua plasticidade. Gosto, também, de lhe acrescentar ou misturar outros materiais, ás vezes uma mistura improvável ao qual o papel é bastante recetivo. Aprendi a trabalhar o papel em criança, na escola, mais tarde voltei a essa aprendizagem e comecei a estudá-la e desenvolve-la.